A Polícia Federal revelou a partir das investigações da Operação Overclean, a possível participação do deputado federal Elmar Nascimento (União) em um esquema de fraude em licitações e desvio de verbas públicas na Bahia. A operação também investiga suspeitas de superfaturamento e corrupção em contratos de limpeza urbana e pavimentação em diversas cidades do interior do estado.

Segundo o que foi apurado, a suposta atuação do deputado se daria mediante o envio de emendas para o município de Campo Formoso, cuja administração é chefiada por seu irmão, Elmo Nascimento (União). A gestão municipal estabeleceu dois contratos, totalizando R$ 51 milhões, com a empresa Allpha Pavimentações, que é de propriedade de Alex e Fabio Parente—também investigados.

De acordo com uma reportagem do Uol, respaldada pelo relatório da Polícia Federal, as licitações teriam sido manipuladas pelo primo do deputado, Francisco Nascimento, que era na época secretário-executivo da prefeitura e atualmente é vereador. A PF flagrou diálogos entre ele e o responsável pela licitação, buscando favorecer os empresários envolvidos.

A implicação de Elmar se fundamenta em uma planilha apreendida com Alex Parente, que registra transferências de R$ 493 mil para Amaury Albuquerque Nascimento, assessor e primo do deputado. Adicionalmente, há a alegação de que Elmar comprou um apartamento para a filha de Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo” e um dos principais alvos da investigação.