Preso em ação contra fintech do PCC esteve em 25 comitivas de viagem do governador Tarcísio
Diogo Costa Cangerana é suspeito de atuar na abertura de contas usadas para lavar dinheiro para o crime organizado. Assessoria do governador diz que capitão não exerceu funções de assessoria ou ajudância de ordens às autoridades, limitando-se a atividades de rotina da Polícia Militar
O capitão Diogo Costa Cangerana, preso nesta terça-feira, 26, durante uma operação da Polícia Federal que investiga fintechs ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), esteve em ao menos 25 comitivas do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nos últimos dois anos, entre elas viagens para se reunir com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados e no ministério da Fazenda.
Cangerana é suspeito de atuar na abertura de contas que seriam usadas para lavar dinheiro do crime por meio de instituições financeiras.
Ele trabalhou na Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes como chefe de equipe de segurança do governador até o dia 3 de setembro, quando foi transferido para o 13.° Batalhão da Polícia Militar (PM), responsável pelo patrulhamento da Cracolândia
Cangerana foi incorporado à Casa Militar antes de Tarcísio assumir o governo de São Paulo.
De acordo com integrantes da gestão, o policial não participava de reuniões ou despachos com autoridades. Sua função era seguir orientações de seus superiores e coordenar a equipe de segurança que acompanhava a autoridade no momento.
Auxiliares do governador dizem que, como oficial de segurança, Cangerana permanecia próximo de Tarcísio por razões operacionais, para agir rapidamente caso fosse necessário auxilia-lo ou protegê-lo. Entre suas funções estavam ajudar no deslocamento durante a chegada ou saída de eventos com aglomerações.